domingo, 23 de novembro de 2008

Macho da Semana - Vol. 2

E mais uma vez, o direito ao contraditório existe e torna-se fundamental num blog digno de um Estado de Direito.
O MACHO DA SEMANA volta a dar cartas, com um novo macho convidado.
Ora apreciem :



“IGUALDADE? IGUALDADE!”

Para início de Post, devo adiantar que aceito o convite para escrever nesta rubrica com algumas reservas. Digo com algumas reservas porque, acima de tudo, mesmo parecendo, por vezes, que não, acredito na igualdade de oportunidades para ambos os sexos, acredito em valias iguais, trabalhos iguais, remunerações iguais e tudo o que constitua aspecto relevante da vida igual. Na verdade, este meu post corre o risco de se transformar numa crítica à existência de um espaço onde escrevo, pelo que devo, quiçá, centrar a discussão em algo específico, mais concreto que mereça ser explorado como uma concessão na praia.
Não obstante a igualdade que quero postular desde a primeira linha que escrevo, seria lastimável da minha parte não salientar que o sal da vida, mesmo o sal terrae, das relações entre homens e mulheres, só enquanto seres eminentemente sociais, se baseia numa diferença apaixonante. Diria mais: tão apaixonante que chega a irritar. Qualquer leitor que aqui passe, para além de perceber, abruptamente, que se procede a uma luta de classes autêntica, não deixa de notar que a opinião sobre o sexo masculino roça as temperaturas negativas da Sibéria . Mais ainda: para além de maus, os homens são todos iguais. Cumpre desconstruir.
Primeiro que tudo, não há seres humanos iguais. Podemos falar em padrões, estereotipos, igualdade é que não. No fundo, as mulheres sabem-no e concordam a 100% com o que acabo de escrever. Aprofunde-se: quantas e quantas vezes se ouviu dizer que X ou Y “não faziam o seu estilo, ou tipo”? Desde já se tenha a honestidade de admitir que não se está só a falar de físico.
Segundo, se todos são maus, porque é que ainda existe espécie humana? Será só o apelo da natureza a chamar o material genético de ambos os sexos?
De uma vez por todas, há que quebrar tabus antigos que, pode mesmo dizer-se, caducaram, como a lei da bruxaria. Para alguém como eu, há, neste mundo de crítica, de complexos de inferioridade, que pugnar por uma igualdade material, tendo em conta que a nivel forma se deseja uma salutar diferença.
Nesse caminho, há que carpir algumas mágoas, há que apontar dedos e proceder a uma responsabilização de alguém para que se apure o estado a que se chegou.
Sendo específico, os erros que deram origem a este blog tiveram a maternidade assegurada. Não há orfãos de mãe: todos os traumas com o género masculino nasceram por culpa própria de quem os teve.
“Os homens são maus”. Quantas e quantas vezes não se começou uma relação que estava condenada à partida. Por ele ser um crápula, um bode autêntico. Tudo gritava erro. Porém, arriscou-se.
“Os homens são todos iguais”. Depois do erro, não se aprendeu. Voltou-se ao mesmo. Mudou-se, para o semelhante. Os homens são todos iguais. Fazer o que?
Tudo se resolverá, num futuro próximo, com uma leitura económica da questão. Aprender com os erros. Explorar todos os sectores do mercado. Assumir a diferença dentro de uma putativa igualdade.
Os sexos convivem. Deseja-se que o façam. Este vosso “macho da semana” convive bem com a “Femea da sua vida” e sabe, melhor que ninguém, que as mulheres não são iguais. A única comparação que posso com ela fazer é à de Divindade. Se cada um vir o seu próximo, ou próxima , como único o caminho começa a ser trilhado.





Duarte Cadete



E esta, hein?

1 comentário:

A info-excluida disse...

1) Isto é que é dar graxa, hein? A trabalhar para a prenda de Natal...
2) Voltamos constantemente ao mesmo porque não há alternativa possível, a não ser que nos decidissemos pela homossexualidade. Se "os homens são todos iguais" e se a única opção são os homens acho que a única coisa a fazer é continuar a queixar-me (dedicar-me ao celibato não é opção).
3) Por muito que adore o princípio da igualdade absoluta dos sexos, a verdade é que ele não é uma realidade. Quanto muito é uma meta que ainda almejo ver atingir. É por isso que continuo a defender a utilidade de um espaço como este.
4)Além disso, apesar de algumas ofensas (algo feias, admito) ao sexo masculino, sempre se torna um espaço de diálogo e pode ser que, das trevas surja a luz.