Em algum momento (agora impossível de determinar), os homens acordaram e decidiram que eram senhores do lar. As motivações continuam impossíveis de determinar. Afinal de contas, o exercício da sua actividade principal (nos primórdios, a caça ou a recolecção) tinha lugar ao ar livre, fora da casa de morada de família. Pela lógica normal das coisas, a fêmea deveria ter sido considerada a rainha do lar, pois lá decorria a sua ocupação principal (nos primórdios! insisto em reiterar, não vá ser mal interpretada): a maternidade.
Logo, as dificuldades em entender o que levou os homens a considerarem-se senhores do lar. Certo é que, ainda hoje, parece que continuam crédulos da sua (im)posição na estrutura hierárquica do mesmo. Ainda para mais numa sociedade em que, quer homens quer mulheres, passam pouco tempo em casa, disfrutando dos prazeres caseiros.
Para quando um golpe de Estado que os coloque no devido lugar? Até mesmo porque, dando primazia ao princípio democrático, a ascensão hierárquica (mesmo no lar) deve resultar de mérito próprio e não de pré-concepções do tempo da velha senhora.
E tudo isto porque fui expulsa da cozinha, mesmo sendo eu a encarregada da manutenção da mesma. E tudo devido à luta pelo poder televisivo
sábado, 15 de novembro de 2008
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