Era uma vez uma fêmea que foi a uma loja onde, no dia anterior, tinha entrado para perguntar o preço de um vestido, que lhe tinha entrado pelos olhos dentro sem nunca mais ter saído.
A dita fêmea experimenta o vestido, toda contente, vê-se de todos os ângulos, para ver o efeito, e já satisfeita com o efeito, apressa-se a retomar aos trapos que são seus, para poder ir pagar e ir embora, já com o preciso e lindo vestidinho como propriedade sua.
Depois de efectuado o contrato compra e venda da referida peça de vestuário, perfeito e majestoso, sai aos saltos pela rua fora, imaginando-se vestida com a bela peça, e desejando chegar a casa para o ter só para si, sem haver pessoas a olhá-la na rua por estar aos beijos a um bocado de trapo.
O vestido era, de facto, giro, vá.
Roxo, cintado, com decote recto, em cai-cai, como se diz, tinha uma forma de cair como a dos vestidos medievais, aprimorado com uns desenhos de flores e folhas, primaveris, que o tornavam deveras interessante.
Chegada a casa, atira com tudo para o chão para poder experimentar o famigerado vestido.
Eis que vem do outro lado do espelho uma ideia que até então não lhe havia ocorrido.
Roxo.
O vestido era roxo.
Muito bem que havia peças na dita cor no seu armário, algumas pintinhas à distância de outras cores, mas o fundo das suas prateleiras era fundamentalmente uma ausência de cor.
Quer dizer preto.
Olhando-se de todos os lados, chega à conclusão que nem todos os vestidos são maravilhosos, a não ser que os vejamos em pessoas que vestem, de facto, com cores. O vestido continua a ser lindo, fantastico, maravilhoso, mas não deixa de ser roxo.
Roxo.
Como é difícil mudar de hábitos.
terça-feira, 28 de abril de 2009
quinta-feira, 16 de abril de 2009
Reputação de uma fêmea
dreiawinha said (12:39 AM):
Did you see the Acai Berry pills on Oprah the other day. I found a good source for 5 dollars. They really do work because I lost 6 pounds in a week. Try it too http://bothbask.com
Bem, pelo menos não procura aumentar o pénis. E é um conselho de fêmea amiga: perder 2,7 kgs numa semana por apenas 5 €. Graças à Oprah. E à dreiawinha (nome fictício :P).
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terça-feira, 14 de abril de 2009
Confessions of a shopaholic
Um típico filme de fêmeas? Talvez. Mas não se deixem enganar pelo saco de compras gigante que promove o filme à entrada dos cinemas. Este fime fala de crise. Manuseia termos financeiros com metáforas de moda. Tem sapatos, malas, vestidos, de todas as marcas. Tem o Visa, o Master Card, o American Express e outros de que não sei o nome de cor. Tem entrevistas de empregos e o "como nao se deve mentir no currículo". E tem uma fêmea que podia ser qualquer uma de vós, e também um macho (deveras) decente. São quase duas horas bem passadas. Pelo menos dá para rir e não cai muito em clichés (e isto enquanto se espera pela fêmea desterrada para ver o do interesse).
sexta-feira, 10 de abril de 2009
quinta-feira, 9 de abril de 2009
Fraca Consolação
Uma mulher que case com um rei será sempre rainha. Mas um gajo qualquer que case com uma rainha continua a ser... um gajo qualquer.
A mulher que pode ser tanta coisa, como lavadeira, cozinheira, escrava, esfregadeira, engomadeira, amante, empregada de loja, costureira, todas as profissões a dias, até, meus amigos, puta. Todas as profissões de trapo, todos os papéis que impliquem diminuição foram sempre historicamente femininos.
Mas as mulheres são sempre rainhas, enquanto que os maridinhos continuam com a condição que nasceram.
Democrático...
( exemplo do acima descrito, senhora rainha, maridinho duque...)
A mulher que pode ser tanta coisa, como lavadeira, cozinheira, escrava, esfregadeira, engomadeira, amante, empregada de loja, costureira, todas as profissões a dias, até, meus amigos, puta. Todas as profissões de trapo, todos os papéis que impliquem diminuição foram sempre historicamente femininos.
Mas as mulheres são sempre rainhas, enquanto que os maridinhos continuam com a condição que nasceram.
Democrático...
( exemplo do acima descrito, senhora rainha, maridinho duque...)
quarta-feira, 8 de abril de 2009
Fêmeas + dor
A maior parte da logística das fêmeas mete dor. Dor atroz. Dor que nos faz achar que dar à luz deve ser como dar uma cambalhota nos ferrinhos médios. Enfim, dor.
Hoje senti dor na raiz dos cabelos. Rebentei os lábios de tanto os morder para não gritar. Livra, nunca fui tão mal tratada num antro daqueles. Prefiro andar despenteada a sofrer.
sexta-feira, 3 de abril de 2009
Fadas do lar
Odeio-as. Odeio-as desde sempre.
Odeio-as principalmente porque são sempre "fadas" e nunca "feiticeiros". Odeio-as porque elas pressupõem ser sempre eu a levantar a mesa, e nunca nenhum dos machos que também jantou.
Odeio-as porque se espera sempre que eu seja como elas. Espera-se que eu me preocupe com o cardápio do jantar, que fique aflita quando não aspirei o chão e que tenha ataques quando há visitas e a casa está desarrumada. Odeio-as por acharem que sou menos que elas, apenas porque ser guardiã do lar não está na minha lista de prioridades.
Odeio-as por me lembrarem de todas as mulheres que me antecedem, todas elas na cozinha e todas elas com uma catrefada de putos a puxarem-lhe a bainha das saias.
Odeio-as por me fazerem a vida miserável, mas a minha agenda não podia estar mais afastada dos planos que elas têm para mim.
O pior que me podia acontecer era acabar como elas, sem outras preocupações e ambições do que o lar incólume de poeira, sem outras dores de cabeça para além do jantar.
Abaixo as fadas do lar.
Odeio-as porque se espera sempre que eu seja como elas. Espera-se que eu me preocupe com o cardápio do jantar, que fique aflita quando não aspirei o chão e que tenha ataques quando há visitas e a casa está desarrumada. Odeio-as por acharem que sou menos que elas, apenas porque ser guardiã do lar não está na minha lista de prioridades.
Odeio-as por me lembrarem de todas as mulheres que me antecedem, todas elas na cozinha e todas elas com uma catrefada de putos a puxarem-lhe a bainha das saias.
Odeio-as por me fazerem a vida miserável, mas a minha agenda não podia estar mais afastada dos planos que elas têm para mim.
O pior que me podia acontecer era acabar como elas, sem outras preocupações e ambições do que o lar incólume de poeira, sem outras dores de cabeça para além do jantar.
Abaixo as fadas do lar.
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