terça-feira, 28 de julho de 2009

Quando eles deveriam pegar na vassoura (e mesmo assim não lhe pegam)

Lembram-se deste post?
Pois bem, agora é ao contrário. Há coisas que nós, fêmeas, as meninas, nunca fizemos, nunca fomos treinadas para fazer, porque as nossas mães e as nossas avós não nos deixavam: isso são coisas de meninos. Cresci sabendo que os meninos é que vão à tropa, os meninos é que sobem às árvores, os meninos é que mexem na terra e se sujam, e gostam de carrinhos. Algo complicado para uma fêmea como eu, que tinha uma paixão por motas, carrinhos e caixas de ferramentas, bem como bolas e pistolas. Coisas que a minha avó ia fazendo desaparecer, porque não eram próprias para uma menina. Tinha um revolver que disparava balas de ventosa para os respectivos alvos que durou, vá, 2 meses. E pistas de motas e de carros de corrida, com loops e afins, que também foram desaparecendo. O meu maior desgosto é a minha pistola do Starwars, com sons e cores, que desapareceu numa bela manhã de nevoeiro. Enfim.
Todo este discurso introdutório serve para explicar que eram as meninas que punham a mesa e os meninos quem matavam os bichinhos. O Anacleto matava os aranhiços e deixava a mamã feliz. A Guidinha punha a mesa e não faria mais que a sua obrigação. Ora, é verdade ou não?
Acontece que há um certo cliché:fêmeas não gostam de ratos, nem de vermes nem de insectos nem afins. E é da prache gritar histericamente quando se vir um. Convenhamos, a mim não me fazem impressão ratinhos, morceguinhos (a menos que se me predam no cabelo), iguanazinhas, aranhinhas (peludas só curto se estiverem em ambientes controlados), ou até cobrazinhas. Também não me importo se as osguinhas estiverem no exterior da minha habitação.
Agora imaginem: chegam a casa estafadas(os), querem ir dormir, a vossa cama está encostada à janela. Preparam-se para fechar os estores, e eis que vos salta uma OSGA nojenta, verde, horrível, maior que a anterior. A vossa reacção é:
a)com a maior calma do mundo, convidar a osga a beber um chá
b)abrir a cama para a osguinha dormir mais confortável
c)gritar histericamente porque há o nojo, o susto, a incredibilidade de ter um bicharoco daqueles em cima da vossa almofada
d)matar a osga (ainda não descobri como, expliquem-me lá)
e)a c) e chamar um gajo que tenha dever de garante

Ora aí está o busílis. E se o gajo não tiver sido educado para tropa, mudar instalações eléctricas, matar osgas e afins? Então para que raio serve ele? "Ah,mata tu, por que raio tenho que ser eu?" PORQUE ÉS MACHO!GOSTAVAS QUE EU TE DESSE UM RAMO DE FLORES NOS ANOS?ENTÃO!HÁ CENAS QUE PRONTO, ENFIM, ESTÃO PREDETERMINADAS!
Já que vocês estão sempre contra a igualdade, ora tomem lá, querem ser diferentes matem osgas. E já agora, aceitam-se sugestões. Recuso-me a entrar no quatro enquanto o bicharoco andar por lá (obrigada mãezinha por teres aberto as janelas, mesmo quando te alertei para o perigo de osgas, humpf. Perdão, sardões - parece que são maiores e mais nojentos, e segundo a doutrina, é a espécie que me anda a invadir a casa nestes tempos).

19 comentários:

A info-excluida disse...

Adoptando o dever de defesa do teu macho (coitado), se tu tens o direito de quer brincar com motas, pistolas e carrinhos (e é óbvio que o tens), então o pobre desgraçado que atura tais chiliques tem direito a não gostar de osgas (ou sardões).
És a única pessoa que conheço que precisa de literatura, doutrina, diria mesmo, um curso, para matar uma osga. Livra, também não gosto delas, mas não as deixo atrapalhar-me a existência.
Deixa lá, tu vais sobreviver à osga e ao macho cruel.
E não venhas dizer que as fêmeas tinham que se unir contra os vilipêndios masculinos... Os únicos vilipêndios nessa história são femininos: o teu e o da osga (que, para ser tão caseira, deve ser uma menina, segundo o ensinamento da sra tua avó).

Senayuri disse...

Lol, até parece que tu não acordas o teu pai às tantas porque vês uma coisinha dessas na casa-de-banho...hás-de me explicar como se mata uma coisa dessas sem sujar o chão, a alcatifa, etc etc. Cá para mim as tuas osgas são muito paradinhas. Estas aqui beberam red bulls. Mas pronto, ainda bem que és corajosa, para a próxima chamo-te a ti (e filmo).

epb disse...

então para as fêmeas abandonadas, método de matar bichos:
1)mais sujo e mais barulhento: o uso de instrumento para esmagamento, vassoura, pá, esfregona, etc, a morte é certa, rápida e violenta;
2)mais limpo, silencioso e muito nojento: colocar o pé sobre o bicho distraído, esmagando-lhe suavemente a cabeça até à morte.
3)- para cobras: enchada ou objecto cortante da cabeça.
Esclarecidas?

epb disse...

sim, eu sei que enxada é com "x", mas tive uma paragem cerebral

math_hild'spost disse...

Irónicamente, vim aqui à procura de instruções sobre como engomar roupa decentemente, e sou uma menina; também não amo os bicharocos, mas quando chamo um homem é para pôr o bicho na rua sem grandes violências, que,lá por serem feios não têm culpa de existir(os bichos...e os homens também pronto)e além disso não quero nada esmagado dentro de minha casinha,porque depois quem tinha de limpar era eu.
Achei muita piada ao seu blog!

Diligentia disse...

Eu tb gosto mt do seu blog.Senayuri, querida, tenho a certeza que do buraco de onde vieste, leia-se Antro, já viste coisas bem piores que osgas.E tb ja as matast, ou nao?

Senayuri disse...

Para engomar bem, consultar o blog da minha progenitora, que seria, caso ela o tivesse: www.aminhafilhaéumainútil.blogspot.com.
Sr EPB: A bixa estava no meu quarto, perto do tecto, ao pé de cortinados caros, edredon caro, alcatifa clara...e se a bixa estivesse QUIETA eu matava-a, ok? o problema é que não está, e eu tenho amor às minhas coisas. Cobras já matei, ora tomai.Se o bicho andasse no chão, pisava! Cá para mim a solução passa por levar a Pushy para a crime scene.
As coisas que matei no Antro não sujavam o meu quarto,lol.
É triste ter que vir uma fêmea de fora para me compreender. Bem haja, e volte sempre

A info-excluida disse...

Vá, vou explicar como se tivesses 4 anos:
Escolhe: matas a nojentinha ou deixas os tecidos limpos na companhia da mesma. Não há outra solução. A não ser que fiques à espera que ela morra de ataque cardíaco ou que encontre o caminho de volta ao Kansas.
Se calhar é melhor adoptá-la como bichinho de estimação, visto que pelo andar da carruagem ela vai passar muito tempo aí por casa.

Diligentia disse...

Tanta c*nice por causa de uma osga. Diga-me, Senayuri, se já teve ratos passeando na sua habitação, e depois conversamos

Лев Давидович disse...

Eu sou da estirpe dos machos ofendidos.
Depois de já ter constituido mandatário suficiente, eis que respondo: a osga mata-se. Se não tivermos alguem que o faça por nós, faça-se o seguinte: chinelo, de preferência com sola de borracha e, entre o pescoço e cabeça do nojo, aplica-se um golpe. Cabeça para um lado, bicha para outro. Fim.

J.M.P.O disse...

Cara fêmea aflita!

A coisa mais razoável a fazer nessa situação será mesmo convidar a bicha a beber chá! :p

E que tal pegares numa vassoura com cabo bastante e arremessar o animal com a parte de varrer para um lado onde o seu futuro esmagamento/remoção não causa muito dano, depois, com a rapidez necessária pões-lhe qualquer coisa em cima!

Fala o homem da aldeia, o Neandertal que sabe que para matares uma cobra apenas precisas partir-lhe a espinha (não é preciso apontar-lhe necessariamente à cabeça isso faz-se aos zombies!:p).

PS: Não culpes o macho, às vezes as pessoas não sabem o que fazer! A mim também me acontece isso e sou um macho aldeão e rude do interior norte que fui ensinado a matar bicheza ruim! Ok, tenho uma cagufa desgraçada aqueles animais rastejantes desapossados de membros (justifica-se este medo em parte porque uma vez, ainda petiz, rondei involuntariamente, na companhia do meu progenitor, um ninho de víbora que, na sua feroz e venenosa pequenez, se levantou sobre a cauda e rastejou prontamente ao nosso encontro (connosco a fugir à frente dela), em parte porque na minha actividade de inicio do estio consistia em recolher forragem, onde esses bichos abundavam, não era bonito, acreditem tornava-se assustador principalmente após a leitura da BD do Conan, em parte porque me saiu uma de um cano onde eu bebia água (felizmente fria o que faz com que o animal fique entorpecido) em parte porque o meu progenitor, apesar da cena descrita ser um matador exímio desses bichos e me ter mostrado, várias vezes, provas de praticas de canibalismo feitas por essas criaturas!). O bucolismo vergiliano corre-me nas veias, ou não!

A info-excluida disse...

Vou tentar clarificar os queridos leitores estupefactos (e com razão) com a situações insólita que Senayuri vive. Senayuri sabe que uma vassoura, um chinelo, uma pedra, algo igualmente pesado ou afim às supra citadas, quando arremassado com força sobre a bicha, irá certamente matá-la. Acontece que Senayuri também sabe que das entranhas da bicha, quando esborrachada entre o objecto e a parede, sairão sangue, estranhas e similares. O que Senayuri quer evitar (ainda que o custo seja conviver diariamente com a osga) é que essas entranhas se espalhem pela alcatifa, cortinas, colcha.
É uma escolha.

Senayuri disse...

Info-excluida é parva. Sabes lá o que se passa. Hoje houve vassouradas e baldes e ela não morreu e fugiu e escondeu-se. E o mole do pescoço não cedeu. Já tive ratinhos sim. não me metem nojo. Não sobem ao tecto nem correm paredes. Folgo em ver tanta gente com testículos para a coisa.A minha porta está aberta. E vocês são todos parvos. Sabem o que é a gravidade? Boa! Então vá, expliquem-me como atiro e acerto com força suficiente a um bixo que não pára quieto algo pesado qb para o matar e não causar dano ao edifício. Nem todos nos podemos dar ao luxo de andar aos tiros a inofensivas osguinhas na casa-de-banho e a danificar mosaicos. Felizmente anda para aí uma praga e conheci mais gente com o mesmo problema. Alguém que me compreenda, wee.

epb disse...

lol para nós todos

A info-excluida disse...

Citando o nosso pequerrucho que anda por terras algarvias: "Credo, que absurdum!" (espero não estar a citar mal, ele mata-me se ando a latinizar mal em nome dele)

Лев Давидович disse...

Credo Quia Absurdum. (Creio porque é absurdo).

Squall2000 disse...

Há mais nesta historia que ainda não foi contado.
O macho foi chamado, mas posteriormente o macho pediu assistência à pessoa rude do campo que sou eu, o tal que ninguém da faculdade se lembra do meu o nome, podem-me tratar por squall.
Ora bem e em que eu pude ser util a Deus? (Sempre quis dizer isto)
"Olha lá como se mata uma osga" recebi inocentemente esta sms, comecei por ditar os meus conhecimentos de terminação de osgas, após uma boa discussão de métodos, o método "esfregona com lixívia" foi escolhido.
O que quero eu dizer com esta treta toda? O trabalho dos machos é tratar das osgas, e o trabalho dos machos rudes do campo é ensinar os machos da cidade como tratar das osgas...

Senayuri disse...

Haja quem me compreenda, ursokoala ou squall para os amigos, ou Henrique para os progenitores.

Squall2000 disse...
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