quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
Amor, para a próxima é mexicano
Segundo um estudo realizado com 5000 mulheres na Universidade do Utah, ingerir a autêntica cozinha mexicana pode reduzir num terço o risco de contrair cancro da mama (ou do seio, como preferirem). Contudo, é a comida realmente mexicana, e não os franchising tipo Cantina Mariachi e etc. Isto tudo por causa do peixe (berbigão em serviche, camarão, tacos ou outros pratos), carnes magras desfiadas nos tacos, queijo Cotija seco ou Feta no feijão ou burritos, o próprio feijão (feijão-pinto, o preto, e mesmo os refritos), os molhos vermelhos e verdes feitos dos tomates, tomatillos, pimentas, pimentão, cebolas, salsa, e alho das saladas são antioxidantes, baixos em gordura e cheios de fibra. Ah, e parece que o milho e as tortilhas de trigo são mais ricos em fibra e vitaminas do que os produtos com farinha mais refinada.
Com estas vantagens todas, humm, vá lá, vamos ao mexicano.
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
Macho da Semana Volume III
No princípio era o verbo.E depois reza a Bíblia que houve um macho que doou uma costela para uma fêmea ser feita. Baril. Hoje o contaditório fala da origem. Nada como um macho formado num sítio interdito a fêmeas para nos maldizer:
Em primeiro lugar agradeço por me terem convidado para escrever neste espaço. Não o esperava, principalmente após ter escrito aquele postal tão veemente contra o “rapaz mecânico”. (Mentira, esperava sim).
Dez vezes depois de ter reescrito o postal surgiu-me um texto catita para deixar aqui. Desculpem lá por ser tão comprido. Ele não pretende ser nada mais que a exposição de duas histórias engraçadas sobre a origem dos sexos.
Hesíodo escreveu na “Teogonia” e nos “Trabalhos e Dias” qual a origem da mulher. Para alguns gregos a mulher não surgiu da costela do homem num dia em que Alguém quis fazer costeletas assadas. A história da origem do sexo oposto tem uma mensagem mais negativa para eles que a do “mulher és parte do homem”. A história começa com o Titã Prometeu que não lhe tendo chegado ter ficado preso a um poste com uma águia a comer-lhe o fígado depois de ter dado a ambrósia aos homens, decidiu, após ter sido solto por Heracles (ou Hércules), dar-lhes o fogo. (Não tenho a certeza se a ordem dos delitos foi esta, mas a das penas foi).
Zeus que já estava farto castigar Prometeu (e que segundo Hesíodo e Ésquilo tinha feito um acordo com Prometeu, acordo que vai dar origem ao herói da guerra de Tróia: Aquiles…) castigou os homens mandando Hefesto construir uma bela caixa onde pusesse todos os males do mundo. Ordenou também que se fizesse um ser semelhante ao homem, a mulher à qual chamou Pandora… quem quiser saber quais os adjectivos que o poeta usa para descrevê-la é melhor ver (está traduzido pela INCM).
O que se sabe é que ela vem com a caixa para ao pé dos homens e abre-a, e é assim que se acaba a idade da prata… (Ou a de ouro, peço desculpa mas tenho a história a 500 km de distância e não confio na internet).
Antes que me chamem porco machista, gostava de dizer que gosto muito desta história e a acho bastante engraçada. Contudo é confusa devido às múltiplas fontes onde vem escrita e para além disso está registada de modo nebuloso em Hesíodo. (A história de Pandora também está deficientemente contada por mim).
Há quem leia que Hesíodo só quis falar bem da mulher (Pandora) afinal ela foi um καλόν κακόν (mal belo) e que nos trouxe a esperança. Eu por mim acho que isto foi escrito porque a mulher de Hesíodo o chateou de tal maneira e o coagiu de tal modo e com tais restrições que ele lá teve de ceder com alguma coisa. O argumento de que nos trouxe a esperança não colhe porque: vamos lá ver, se nos transformou a vida numa miséria, para não nos matarmos todos, tinha de cá deixar alguma coisa. E afinal de contas o que é a esperança? Um engano? Uma situação passiva de quem quer que lhe aconteça algo que não pode controlar (situação essa de certo modo repugnante para os estóicos).
Mas já chega de machismo. A história sobre a origem dos sexos que eu mais gosto também é grega e Quem de direito sabe que eu gosto muito desta história.
Uma das fontes onde ela aparece narrada é no Συμπόσιον ή περί ερωτόϛ (mais conhecido como O Banquete de Platão). Segundo essa história o homem e a mulher seriam um só. Era um ser andrógino e perfeito que causava inveja aos deuses por causa da sua beleza, completude e perfeição. Um belo dia não sei se Zeus ou outro deus (ou Titã) decidiu separar este ser. Foi desta separação que surgiram os sexos. Após esta separação o homem e a mulher buscam a sua completude no sexo oposto. Quando a mulher encontra a outra parte que lhe falta então esses dois seres transformam-se num ente perfeito. Demasiado romântico e lamechas (Sócrates vai desmenti-lo no final) … Mas eu gosto!
Chegando a este ponto a conversa já vai longa e acabou-se-me o paleio.
João Ochoa
Em primeiro lugar agradeço por me terem convidado para escrever neste espaço. Não o esperava, principalmente após ter escrito aquele postal tão veemente contra o “rapaz mecânico”. (Mentira, esperava sim).
Dez vezes depois de ter reescrito o postal surgiu-me um texto catita para deixar aqui. Desculpem lá por ser tão comprido. Ele não pretende ser nada mais que a exposição de duas histórias engraçadas sobre a origem dos sexos.
Hesíodo escreveu na “Teogonia” e nos “Trabalhos e Dias” qual a origem da mulher. Para alguns gregos a mulher não surgiu da costela do homem num dia em que Alguém quis fazer costeletas assadas. A história da origem do sexo oposto tem uma mensagem mais negativa para eles que a do “mulher és parte do homem”. A história começa com o Titã Prometeu que não lhe tendo chegado ter ficado preso a um poste com uma águia a comer-lhe o fígado depois de ter dado a ambrósia aos homens, decidiu, após ter sido solto por Heracles (ou Hércules), dar-lhes o fogo. (Não tenho a certeza se a ordem dos delitos foi esta, mas a das penas foi).
Zeus que já estava farto castigar Prometeu (e que segundo Hesíodo e Ésquilo tinha feito um acordo com Prometeu, acordo que vai dar origem ao herói da guerra de Tróia: Aquiles…) castigou os homens mandando Hefesto construir uma bela caixa onde pusesse todos os males do mundo. Ordenou também que se fizesse um ser semelhante ao homem, a mulher à qual chamou Pandora… quem quiser saber quais os adjectivos que o poeta usa para descrevê-la é melhor ver (está traduzido pela INCM).
O que se sabe é que ela vem com a caixa para ao pé dos homens e abre-a, e é assim que se acaba a idade da prata… (Ou a de ouro, peço desculpa mas tenho a história a 500 km de distância e não confio na internet).
Antes que me chamem porco machista, gostava de dizer que gosto muito desta história e a acho bastante engraçada. Contudo é confusa devido às múltiplas fontes onde vem escrita e para além disso está registada de modo nebuloso em Hesíodo. (A história de Pandora também está deficientemente contada por mim).
Há quem leia que Hesíodo só quis falar bem da mulher (Pandora) afinal ela foi um καλόν κακόν (mal belo) e que nos trouxe a esperança. Eu por mim acho que isto foi escrito porque a mulher de Hesíodo o chateou de tal maneira e o coagiu de tal modo e com tais restrições que ele lá teve de ceder com alguma coisa. O argumento de que nos trouxe a esperança não colhe porque: vamos lá ver, se nos transformou a vida numa miséria, para não nos matarmos todos, tinha de cá deixar alguma coisa. E afinal de contas o que é a esperança? Um engano? Uma situação passiva de quem quer que lhe aconteça algo que não pode controlar (situação essa de certo modo repugnante para os estóicos).
Mas já chega de machismo. A história sobre a origem dos sexos que eu mais gosto também é grega e Quem de direito sabe que eu gosto muito desta história.
Uma das fontes onde ela aparece narrada é no Συμπόσιον ή περί ερωτόϛ (mais conhecido como O Banquete de Platão). Segundo essa história o homem e a mulher seriam um só. Era um ser andrógino e perfeito que causava inveja aos deuses por causa da sua beleza, completude e perfeição. Um belo dia não sei se Zeus ou outro deus (ou Titã) decidiu separar este ser. Foi desta separação que surgiram os sexos. Após esta separação o homem e a mulher buscam a sua completude no sexo oposto. Quando a mulher encontra a outra parte que lhe falta então esses dois seres transformam-se num ente perfeito. Demasiado romântico e lamechas (Sócrates vai desmenti-lo no final) … Mas eu gosto!
Chegando a este ponto a conversa já vai longa e acabou-se-me o paleio.
João Ochoa
domingo, 7 de dezembro de 2008
O Outro Lado da Restauração
Duquesa de Mântua
( No poder aquando da Restauração, não resistiu ao impulso de D. Luísa de Gusmão de querer ser a mais alta Fêmea de uma nação. )
Há sempre, na história, uma fêmea que tira o lugar a outra fêmea?
Neste caso, sim.
Pode chamar-se uma luta de galinhas, em que venceu a que mais bicadinhas deu no marido querido.
Assim caminha a Humanidade, assim caminhou a História de um País à beira mar plantado.
Nem aqui escapa ...
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
1º de Dezembro
Reza a lenda,que estando em Vila Viçosa D. João, duque de Bragança, recebe o grupo de nobres que conspiravam contra el-rei espanhol. Duvidoso da vitória, mostra-se reticente em aceitar tão grande responsabilidade. Mas eis que salta Dona Luísa de Gusmão do seu cantinho, exclamando:
Mais vale ser rainha uma hora do que duquesa toda a vida!
E foi ela que chateou o excelentíssimo esposo para aceitar o cargo. Pois é, graças a uma fêmea (espanhola, ainda por cima), que hoje podemos invadir Badajoz e gozar com nuestros hermanos que têm que trabalhar.
Mais vale ser rainha uma hora do que duquesa toda a vida!
E foi ela que chateou o excelentíssimo esposo para aceitar o cargo. Pois é, graças a uma fêmea (espanhola, ainda por cima), que hoje podemos invadir Badajoz e gozar com nuestros hermanos que têm que trabalhar.
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